Momentos difíceis

29 de abril de 2012

Todo mundo tem, não é?

Mais ou menos à tarde, andava entre umas cabanas. Abrindo-as, vendo o que tinha nelas e se tivesse alguém, sentava na beira da cama, dava um sorriso amigo, dizia que tudo ia melhorar e assim, tentava iniciar uma conversa. Das mais longas possível. E isso se repetiu, em dezenas de cabanas. Quando caminhava em direção a última, uma criança correndo, desesperada, não sabendo como controlar tamanha agitação -Eles! Eles voltaram e estão acabando com tudo que temos-
Quem eram eles? Ia pergunta-lo, mas acabei ficando só no pensar. Vi o molequinho correndo o mais rápido que podia, então comecei a correr atrás dele. 
Ao ver aquela cena triste, me doeu. 
Resolvi que não ficaria mais assim. 

Juntei o máximo de adultos possíveis e começamos uma verdade e destemida caça. Juntei todo o dinheiro que tinha e compramos todo tipo de armamento e munições, dentre eles algumas MP5K-PDW, alguns r15 e pouquíssimas glock 28, para que não ficássemos desprotegidos nunca!
Começamos a ficarmos ligado, sobre tudo que aconteceria ao redor do local. Ouvimos um barulho, bem suave entre os arbustos. Inclinamo-nos e fomos até lá. Lentamente. Abrimos um buraco com a ponta da PDW, enquanto o outro amigo, dava-me luminosidade ali no local. Era apenas um gato, com medo. Peguei-o e levei para a minha cabana. 
De repente, começamos a ouvir tiros. Tiros bem mais perto do que devia ser. Ou, para direção que não devia ser. Levantei. Corri. Peguei minha arma. Abaixei-me ao chão e olhei para o que acontecia, por uma fresta, na parte inferior da cabana. 
Eram rebeldes. Só de fazer aquilo, já digo que era muito mais rebelde que passa aí na TV. Eles andavam em aldeias, atrás de crianças e mulheres, que pudessem servi-lo. Até que conseguiu algumas. Mas ali, estávamos determinados a lutar e foi isso que aconteceu. 
Os tiros começaram a ser disparados por parte nossa também. Infelizmente, foram atingidas duas crianças, pois os pequenos, não souberam conter o medo e começaram a correr desesperadamente. Atingimos alguns deles e isso nos deu uma certa vantagem. Nos dividimos e os cercamos. 
Deixamos vivos, apenas três, que era o suficiente, para que eles vissem que tivemos piedade e talvez pararem com aquilo, mas como não seria não seria o que eles iriam fazer futuramente, acabamos por fim, deixando apenas um. Pois três, falam demais. 
Colocamos o sujeito amarrado, com as mãos para trás, de joelhos à nossa frente. E começamos a fazer perguntas, das quais, não obtivemos respostas de nenhuma. 
Ele levantou com ódio e veio pra cima de mim. Quando ouvi o som de um tiro, vindo em câmera mais que lenta. Senti um aperto no meu corpo. Minha boca, ficou seca. Passei minha mão esquerda, por toda região do meu abdómen, peitoral e ombro. Mas estavam fechados ainda.
E sem muito perceber, aquele sujeito, que deveria estar amarrado e ajoelhado, estava caindo de novo, mas dessa vez, com um buraco de bala nas costas. Segui minha visão, até que vi uma mulher, com o rosto cheio de lagrimas e mãos ensanguentadas, com uma arma em punho. Fomos até lá. Tiramos aquilo da mão dela e ela chorou, em meu ombro. 

Senti algo vibrando na altura de minha cabeça. Quando fui ver, era o celular, que vibra primeiro, antes de tocar. Acordei. Era apenas um sonho. Assim como lá em "Dias, de real Guera". Mas isso, se dá, quando você já tem uma ~criatividade~ fora do normal e ainda sim, vê filmes como "Machine Gun Preacher". 
Espero que tenham gostado e aí já vai uma indicação de filme, para que você/s vejam por esses dias. 

 









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